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segunda-feira, 28 de outubro de 2013

RESULTADOS FINAIS DO WMA 2013 /
Final results of WMA 2013

BRASIL CONQUISTA SUA MELHOR CLASSIFICAÇÃO NA HISTÓRIA DO WMA


Hypólito valoriza a conquista de atletas brasileiros
Após quase duas semanas de provas, o 20º Mundial de Atletismo Master 2013 chega ao final com uma importante marca: o Brasil conquistou o segundo lugar no ranking geral de medalhas - sua melhor colocação na história dos jogos. O país ficou atrás apenas dos Estados Unidos, que competiu com 17 atletas olímpicos. Entre os 4158 competidores inscritos, provenientes de 82 países, 14% eram brasileiros.

Até então, a melhor classificação ocorreu na Itália, em 2007, onde o Brasil ficou com o 8º lugar ao conquistar 46 medalhas, sendo 18 de ouro. Na edição deste ano, o país garantiu 146 medalhas, sendo 56 de ouro, 52 de prata e 38 de bronze. O presidente da Associação Brasileira de Atletismo Master (ABRAM), Francisco Hypólito, não escondeu suas lágrimas ao comentar esta conquista. Para ele, o Mundial Master serviu como um referencial às Olimpíadas de 2016, dando a entender que o sucesso no evento pode ser sinal de grandes conquistas nos Jogos do Rio de Janeiro.

Chiquinho, como é conhecido pela maioria dos atletas, valoriza o desempenho dos participantes brasileiros, destacando o potencial tupiniquim para futuras conquistas no esporte. “Tendo a estrutura para isso, nós seremos uma potência no atletismo”. Apesar de alguns problemas, ele faz uma avaliação 90% positiva do evento. “Aconteceram alguns percalços que a EPTC e a Polícia Civil trataram de superar”.

Hypólito projeta um futuro brilhante para o Brasil no atletismo master, porém é preciso investimentos, desde os primeiros anos do ensino fundamental. “O esporte dá exemplos de vida, tira da drogadição, da doença e do alcoolismo. Precisamos atrair o jovem e dar as condições para ele se transformar em uma atleta”. Apontou, ainda, a necessidade de um trabalho em conjunto entre as esferas municipal, estadual e federal para o país chegar ao topo. “O exemplo precisa vir de cima para baixo”, argumenta.

No encerramento, o presidente informou que o campeonato no Brasil não foi concebido para se destacar nos equipamentos à disposição, mas sim no calor do povo porto-alegrense. “Este é o maior legado, mostrar a integração entre países, a confraternização entre as pessoas, independentemente da idade”, conclui.

Texto e foto: Gabriel Guidotti, estudante de Jornalismo do IPA voluntário no WMA 2013.

domingo, 27 de outubro de 2013

BASTIDORES, ENCERRAMENTO E BALANÇO DO GRANDE EVENTO

Autoridades no encerramento do WMA em Porto Alegre
Foto: Andrea Francis

Porto Alegre recebeu, entre os dias 16 e 27 de outubro de 2013, a maior competição esportiva já realizada no Rio Grande do Sul. O 20º Mundial de Atletismo Master (WMA, sigla em inglês) não deixou um legado apenas esportivo, mas também uma prova que o engajamento das pessoas é parte significativa na realização de grandes eventos.

Esta edição confrontou esportistas em provas de campo, cross country e maratonas e contou com o auxílio de mais de 500 voluntários. Nas pistas, participaram 4158 atletas divididos entre 14 categorias e 27 modalidades. As provas aconteceram no CETE, PUCRS, ESEF e Sogipa e Parque Marinha. Para o Estado do Rio Grande do Sul, o Mundial foi um importante teste para a Copa do Mundo de 2014, principalmente nas áreas de segurança, saúde, hospitalidade e voluntariado.

Como cidade-sede, Porto Alegre atingiu a quinta colocação na história em número de países envolvidos, perdendo apenas para Riccione (Itália), com 97 países (2007), Lahti (Finlândia), com 96 países (2009), Sacramento (Estados Unidos), com 93 países (2011), e San Sebastian (Espanha), com 91 países (2005). Em relação ao número de competidores, a capital dos gaúchos está em 14º lugar no ranking.

O sucesso é dos voluntários

Responsável pela organização do WMA, o CEO Vinícius Garcia garante que o sucesso foi resultado de grande esforço por parte das pessoas envolvidas. Segundo ele, com os aprendizados desta edição, criou-se um sustentáculo que permitirá Porto Alegre otimizar a infraestrutura e solucionar os percalços ocorridos. “Tenho certeza que deixamos um legado para a capital”, destaca. Ao final, a cidade receberá um documento com dados, estatísticas e diversos levantamentos para que se avaliem possíveis ajustes visando a Copa de 2014.

Uma das frases preferidas da presidente da Fundergs, Renita Dametto, falava da participação dos envolvidos. “O sucesso é de todos vocês”. Renita observou que o engajamento do voluntariado se dá de uma forma mais eficiente quando provocado por uma instituição de ensino, como foi o caso do Centro Universitário Metodista do IPA, que enviou alunos de diversas áreas para trabalhar no WMA.

Ao lado de Stan Perkins, Renita Dametto valoriza a atuação voluntária no WMA
Foto: Gabriel Guidotti

Em evento que reúne 82 países, as dificuldades com a língua foram inerentes em alguns momentos. A presidente admite esta situação e aconselha que os jovens procurem sempre se qualificar, não apenas no inglês, que é universal, mas em outros idiomas também. Para ela, esta é uma grande demanda e, ao mesmo tempo, uma deficiência a ser sanada, pois o Rio Grande do Sul volta a ocupar um espaço importante no circuito de competições internacionais. “Quando assumimos a gestão foi criada como uma meta: colocar o Estado no mapa dos grandes eventos esportivos”. Como sugestão à Prefeitura de Porto Alegre, ela indica a criação de uma comissão formada por diversos setores para que se possa atrair o interesse pelo esporte e qualificar ainda mais os voluntários.

Reforço em diversas áreas

Um dos destaques desta da 20ª edição do WMA ficou fora das pistas: a participação de estudantes do Centro Universitário Metodista do IPA em diferentes funções, especialmente na cobertura internacional. Alunos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Turismo, Administração, Direito e Contabilidade participaram de forma voluntária, obtendo novas experiências de campo para incorporar ao seu currículo profissional. Outros acadêmicos, de outras universidades, também auxiliaram individualmente.

A coordenadora da comunicação do WMA, Nathália Ely, explica que 40 dias antes do evento foi convidada a assumir a divulgação. A oportunidade caiu de paraquedas, mas ela não desperdiçou. De início fez o que define como um “mapa mental”, onde precisou estruturar a comunicação em diferentes vias, não apenas em termos de imprensa, mas também sobre o conteúdo visual – sinalizações, coletes, crachás, entre outros – e relações públicas.

Todo grande evento gera certas dificuldades a serem superadas. Para Nathália, a principal foi um tempo para cuidar de um com representatividade mundial, pois os detalhes são muitos. Sobre críticas da mídia, a assessora concorda com algumas publicações, mas discorda de outras. Segunda ela, Porto Alegre precisa melhorar, mas há também muitos aspectos positivos a serem valorizados. “Este foi um grande teste para a Copa do Mundo. Aprendemos muitas coisas em termos de segurança e saúde”, frisa.

Se o projeto de comunicação superou as expectativas dela? Sim. “Não achei que teria tanto engajamento. Muitas pessoas que não comiam, ficavam nos estádios o dia inteiro. Não fosse a parceria com o IPA, o evento não teria tido o sucesso que teve, e o blog não geraria mais de 70 mil visualizações”. Ela previa três matérias diárias, mas a página foi além do esperado, publicando seis ou sete. “Isto mostra a grandiosidade do evento e como ele é rico em pautas. Por aqui passaram diversos exemplos de vida e mostrar o que o esporte é capaz de fazer não tem preço”, conclui.

Tarde de encerramento, hora de passar a bandeira do WMA


Na tarde deste domingo (27/10), aconteceu a cerimônia de entrega da bandeira simbólica para a próxima edição do Mundial Master de Atletismo (WMA, sigla em inglês), na França.

No último dia do WMA, o secretário do Esporte e do Lazer do Estado, Kalil Shebe, relembra o ato simbólico, em Sacramento (EUA), há dois anos, quando o Brasil foi escolhido como sede do WMA 2013. “Na oportunidade, nós recebemos também o compromisso de realizar um evento mundial com a dimensão do WMA e com uma grande responsabilidade”.

No evento, nas dependências do CETE, Kalil destacou que “entregamos a bandeira para a cidade de Lyon, na França, que sediará o próximo mundial, daqui dois anos, com a consciência de dever cumprido: o dever de receber bem, atender bem a todos, seguir rigorosamente os critérios e as regras e, se alguma coisa for necessário aprender é porque ainda somos um país jovem”.

Ao analisar o WMA 2013, o secretário destaca que “temos um pouquinho mais de 500 anos e devemos lembrar que é a primeira vez que um evento do WMA vem para a América do Sul, e que foi possível mostrar que somos um país empreendedor. Ele menciona entre as obras empreendidas, a pista de atletismo do CETE, construída, certificada e com padrão internacional em 90 dias. Também salientou o voluntariado dos gaúchos, incluindo o da Comunicação do IPA, que fez a cobertura e produzirá um documentário especial sobre o evento. E concluiu: “Se existe esforço conjunto entre todos, com certeza, nós teremos condições de fazer o Brasil ser um país de desenvolvimento  e extremamente positivo”.

Quanto aos franceses, que levam para Lyon a bandeira do WMA, o secretário Municipal de Esporte e de Lazer, Edgar Meurer, deseja que “atendam os atletas com toda a cordialidade e hospitalidade que nós porto alegrenses e gaúchos temos”.

Renita Dametto, presidente da Fundergs, avalia a organização do WMA 2013





Texto: Gabriel Guidotti e Ana Paula Maciel, estudante de Jornalismo do IPA voluntário no WMA 2013.
Fotos: Andrea Francis e Gabriel Guidotti
Vídeo: Bruno Moura


ITÁLIA BEM REPRESENTADA COM ALEGRIA LATINA



Paola Tisselli mostra que irreverência e dedicação pode fazer parte da vida esportiva. Aos 40 anos, a italiana veio a Porto Alegre para participar do WMA, e com seu cabelo irreverente, chamou muita atenção, dos participantes e da plateia.

Começando aos 30 anos a prática da corrida, Paola mostra que nunca é tarde para praticar exercícios, mantendo a forma e viajando o mundo para participar de eventos. Desde o dia 23, em Porto Alegre, gostou da cidade e da recepção do público com o evento.



Sempre sorridente, mesmo quando solicitada para fotos, durante o aquecimento, demonstra simpatia e comprova que sempre é possível ser bem humorada, mesmo durante uma competição. Exemplo de como viver.

Texto: Rafael Brito, estudante de Jornalismo do IPA voluntário no WMA 2013.
Foto: Gabriela Ribeiro, estudante de Publicidade e Propaganda do IPA voluntário no WMA 2013.

TORCIDA PRESTIGIOU O ÚLTIMO DIA DE EVENTO



O dia de encerramento do WMA teve a presença de um grande público para acompanhar as provas, com as arquibancadas do CETE lotadas.

Porto-alegrenses e visitantes de todo mundo prestigiaram um domingo de sol, bem diferente do sábado cinza e chuvoso. A torcida mais animada vinha da Argentina, com gritos de guerra e incentivo aos compatriotas.



Com muita torcida e entusiasmo, os últimos atletas a participarem do evento foram recepcionados. Muita gente ficou nas grades, debaixo do sol conferindo os revezamentos, inclusive com brasileiros levando o ouro. 

Infelizmente, o evento acaba hoje, mas com certeza todos gostariam que voltasse a Porto Alegre.

Texto: Rafael Brito, estudante de Jornalismo do IPA voluntário no WMA 2013.
Foto: Gabriela Ribeiro, estudante de Publicidade e Propaganda do IPA voluntário no WMA 2013.

VOLUNTARIADO WMA – CURSO DE TURISMO DO IPA

Grupo de voluntários do curso de Turismo do IPA
Foto: Pedro da Gama

A atuação como voluntários no WMA 2013 tem proporcionado a um grupo de 32 alunos do Curso de Turismo do IPA algumas experiências que transcendem e solidificam a formação acadêmica. Os conhecimentos adquiridos em sala de aula foram praticados e humanizados na prestação de um apoio realizado com primazia aos esportistas do mundo inteiro.

Segundo o professor Guilherme Bridi, Coordenador do Curso de Turismo do Centro Universitário Metodista - IPA, esta vivência e o trabalho de campo proporcionado aos alunos é único, dada a proporção e o nível desse evento, que tem tamanha expressão para o esporte e turismo: “A oportunidade dos alunos participarem tem sido catalizadora de grande experiência profissional por colocar em prática o que desenvolvem em sala de aula”, diz o professor. “E esta participação, realizada com dedicação, vem mobilizando e sensibilizando os alunos para que ultrapassem as metas que lhes foram apresentados. Os alunos demonstraram capacidades de autogerenciamento, de organização, de liderança e já debatem sobre a potencialização do turismo na cidade”.

Os alunos, na sua maioria dos primeiros três semestres do curso, estão engajados com o compromisso há mais de dois meses e, antes do início do evento (15/10) receberam a capacitação e as orientações da Secretaria Municipal de Turismo. Desde o dia 16, os voluntários estão atuando junto ao aeroporto e aos locais-sede do WMA, na orientação para o transporte e outras formas de apoio aos atletas, uma vez que muitos necessitam do apoio de tradutores ou intérpretes. Os atletas recebem informações sobre serviço de alimentação, turismo, recreação e logística.

Laís Teixeira e Bruna Prisco, alunas de Turismo do IPA
Foto: Pedro da Gama
Laís Teixeira, aluna do 4º semestre, que já tinha experiência como voluntária na Copa das Confederações, e Bruna Prisco, aluna do 2º semestre, atuaram como coordenadoras do grupo. Laís afirma que “a partir deste contato direto com o turista, muitos de nossos colegas dizem ter agora a certeza de que não poderiam ter escolhido outro curso que não o Turismo”.

Texto e fotos: Pedro da Gama, estudante de Publicidade e Propaganda do IPA voluntário no WMA 2013.