DEFICIENTE VISUAL COMPETE NO WMA / Discapacitado visual participa del WMA

Foto de Gabriel Guidotti

O 20º Mundial de Atletismo Master apresenta inúmeros exemplos de superação. Para os gaúchos de Porto Alegre, sede do evento, um competidor em especial arrancou gritos de euforia do público presente. O atleta Valmir José Camargo, o Bob, nascido na Capital, compete na faixa etária dos 35 anos e, apesar de uma deficiência visual, chama a atenção pelo esforço nas corridas de pista.

Bob Marley enlevou uma geração de pessoas com suas músicas que lidavam com os problemas dos pobres e oprimidos, mas não apenas por isso. No Rio Grande do Sul, o cantor incentivaria amigos de Bob, o atleta, a darem a ele o mesmo nome, pois Reggae é um de seus estilos musicais favoritos. O competidor tem 38 anos - mas com o corpinho de 49, segundo a brincadeira de um colega que o acompanha no evento - e começou sua carreira no Atletismo aos 23 na ULBRA, onde recebeu as orientações de Pedro Toledo Camargo, um conhecido professor da categoria. A primeira oportunidade veio em razão de uma bolsa de estudos que recebeu da universidade, o que lhe permitiu completar sua graduação em Educação Física.

Todos os dias, das 16h às 19h, treina no Grêmio Náutico União, onde trabalha como instrutor na academia do clube. No currículo, carrega títulos importantes, como a Copa do Brasil dos Paraolímpicos, em 2009. O atleta, entretanto, está inquieto e ansioso por novas medalhas. A participação no Mundial de Atletismo Master servirá para seu objetivo maior, as Olimpíadas Paraolímpicas de 2016. 

Amigos prestigiam Bobby no evento. Foto: Gabriel Guidotti

Por segurança, ao final da corrida dos 100 metros, um juiz foi destacado especialmente para avisar Bob sobre a linha de chegada. Sua visão é parcial, mas ele consegue se direcionar e se comunicar normalmente. Órfão de pai e mãe, manda uma mensagem para as pessoas que tem alguma deficiência: “O limite é o céu”. Se existe uma palavra que define Bob é a superação.

Os competidores estão notando aos poucos as peculiaridades do Rio Grande do Sul. Muitos começam a entender que, no Estado, a rivalidade no futebol já dura mais de 100 anos. Para os nascidos na terra, a pergunta que não pode faltar é a escolha da bandeira: Grêmio ou Internacional? Bob responde de prontidão: “gremista”, o que quase cancelou a entrevista, em função do repórter ser colorado.

Texto e fotos: Gabriel Guidotti, voluntário do curso de Jornalismo do IPA no WMA 2013.

Discapacitado visual participa del WMA

El 20º Mundial de Atletismo Master presenta inúmeros ejemplos de superación. Para los gaúchos de Porto Alegre, sede del evento, un competidor en especial obtuvo gritos de euforia del público. El atleta Valmir José Camargo, el Bob, nascido en la Capital, compete en la franja de edad de los 35 años, y, a pesar de una discapacitación visual, llama la atención por el esfuerzo en las corridas de pista.

Bob Marley cautivó una generación de personas con sus músicas que hablaban de los problemas de gente pobre y oprimida, pero no solo por eso. En Rio Grande do Sul, el cantante influenció los amigos de Bob, el deportista, a utilizar el mismo nombre, pues el reggae es uno de sus estilos preferidos. El atleta, que está con 38 años, pero cuerpo de 49, como bromea um compañero de competición que lo acompaña, empezó la carrera em el Atletismo a los 23, en la ULBRA, donde recibió las orientaciones de Pedro Toledo Camargo, conocido profesor de la categoría. La primera oportunidad vino en razón de una beca que recibió de la universidad, que posibilitó su graduación en Educación Física.

Todos los días, de las 16h hasta las 19h, practica en Grêmio Náutico União, donde trabaja como instructor de gimnasio. En su currículo, lleva títulos importantes, como la Copa de Brasil de Paraolímpicos, en 2009. El atleta, aún, está inquieto y ansioso por nuevas medallas. La participación en el Mundial de Atletismo Master es para lograr su objetivo más grande: participar de los Juegos Paralímpicos 2016. Por seguridad, al final de la corrida de los 100m, un juez fue destacado especialmente para avisar Bob sobre la línea de llegada. Su visión es parcial, pero él consigue se direccionar y comunicarse normalmente.

Huérfano de padre y madre, deja un mensaje para la gente que tiene discapacitación: “el cielo es el límite”. Si hay una palabra que define Bob, es superación.

Trad.: Soraya Bertoncello, voluntaria en Comunicación Social.